segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Contratar certo




Contratar certo é uma das questões mais importantes a fazer na gestão de pessoas. Se você contrata a equipe certa, a sua probabilidade de sucesso aumenta muito.

Conseguir a combinação perfeita entre a cultura da empresa e diferentes personalidades é a primeira chave da questão. Competências são aprendidas, mas uma personalidade fora do contexto da empresa pode colocar em risco seu trabalho e muitas vezes o sucesso da empresa.

Portanto, divulgar os valores praticados pela sua empresa no processo de contratação pode lhe dar visibilidade necessária, para que as pessoas com valores pessoais congruentes com os de sua empresa, queiram participar do processo.

Atualmente os candidatos buscam empresas autênticas, que estão alinhadas com seus valores pessoais e querem trabalhar para e com as pessoas que podem ajudá-los a fazer mais como um time do que eles poderiam como um indivíduo.

Porém, para contratar não basta somente confiar em seu julgamento, em seu feeling. É necessário que o processo de recrutamento e seleção esteja otimizado. É preciso acuracidade e rapidez, portanto não é mais aceitável que o processo interno da empresa não esteja informatizado e de preferência com uma boa ferramenta de ATS (Application Tracking System), ferramentas de análise de perfil e pessoas da área de gestão de pessoas que entendam o que o negócio demanda.

Desse modo você tem condições de encontrar as competências que busca para a posição. E algumas competências, além das qualificações, são condições prioritárias de análise nos dias de hoje.

Richard Branson, CEO da VIRGIN diz: “Encontre pessoas com competências transferíveis - você precisa de jogadores na equipe”. Então versatilidade e flexibilidade devem ser levadas em alta conta. 

Quem pensa um pouco diferente do padrão definido para o cargo, pode ajudar a ver os problemas como oportunidades e inspirar uma nova energia criativa dentro do grupo.

Mas muitas empresas, principalmente as que estão em fase de crescimento, flexibilizam os critérios para poderem contratar. 

Nesse caso, vale a dica do CEO da Funding Circle, Samir Desai: “It’s better to have a hole in your team than an asshole in your team!”

Eduardo Faria - 2013 - Keys Talent Consulting


terça-feira, 8 de outubro de 2013

Estamos realmente conectados?



“Nunca na história desse planeta” tivemos tanta facilidade de conexão, facilidade para encontrar pessoas e de buscar e dissecar perfis pessoais. Mas o que vemos são contatos cada vez mais desconexos, no sentido de interconexão entre as pessoas, no nível humano.

A propaganda de uma operadora de telefonia reflete bem essa questão. A cena é de um casal em um restaurante onde o homem acaricia o pãozinho, ao invés de acariciar a mão de sua companheira, ao mesmo tempo em que ambos estão operando seus smartphones. É o paradoxo de quão distantes estamos nos tornando, apesar de podermos estar cada vez mais perto.

E não só na vida pessoal, mas nas empresas a desconexão também se apresenta. Uma recente pesquisa da Ken Blanchard Companies informa que 81% dos líderes não ouvem seus liderados, 82% dos líderes não dão feedback apropriado, 28% dos funcionários nunca ou raramente discutem suas tarefas e metas com seus líderes. E um dado mais preocupante. 34% encontram-se com seu chefe somente uma vez na semana.

Ou seja, temos à disposição diversos instrumentos que nos aproximam, mas o que vemos é uma metamorfose das relações, que trocam o contato “olho no olho” pelas telas de smartphones, tablets e outros gadgets. Para se ter uma ideia, segundo a pesquisa da empresa Impressions (Texas USA), o tempo gasto por um adulto no olhar diretamente no olho do interlocutor, caiu para uma média de 30% a 60%, quando o ideal numa boa conversa seria de 60% a 70%.

A área de desenvolvimento de pessoas das empresas precisa estar extremamente atenta para esse fenômeno, pois não adianta treinar diversas competências dos colaboradores e principalmente da liderança, se a capacidade de interagir no nível humano, de parar para ouvir e olhar, de procurar entender o outro ser humano ainda não foi internalizada. É puro desperdício de tempo e dinheiro.

E a ação tem que ser contínua, pois, em dez anos, as tecnologias serão totalmente diferentes das que existem hoje. E demandarão novas competências. Mais do que nunca, aceitar mudanças será mais que essencial. Será determinante para o sucesso das pessoas e organizações.


Eduardo Faria - 2013 KEYS Talent Consulting

www.keysrh.com.br